Ficha Técnica

Fulgurito de Merzouga

Composição: Lechatelierita
Peso: 8 g
Tamanho: 5,3×1,3×1,2 cm
Localidade: Dunas do Deserto de Merzouga – Marrocos

O que são fulguritos e como são formados.

Os fulguritos surgem a partir da fusão dos grãos de quartzo presentes na areia. Essa fusão é causada pela passagem de um raio, que com sua descarga elétrica e alta temperatura, penetra nas dunas de areia, derrete os grãos de quartzo formando um tubo alongado, rugoso por fora, e liso e brilhante internamente, dando origem à lechatelierita.

As partículas de areias podem se fundir a cerca de 1.800 graus Celsius, mas a temperatura de um raio pode chegar a 30.000 graus, cinco vezes mais que a temperatura na superfície do sol. O termo fulgurito vem da palavra em latim fulgur, que significa “relâmpago”. Embora os raios atingem a terra pelo menos, um milhão de vezes por dia, só raramente se formam fulguritos.

O fulgurito não tem estrutura cristalina mas, assemelha-se à obsidiana e aos tectitos, justificando seu estudo junto aos demais minerais.

Dicas de uso de fulguritos em sala de aula!

Ao utilizar um fulgurito em sala de aula, é possível mobilizar várias habilidades investigativas previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do Brasil:

Observação e análise: permite aos estudantes observar e analisar suas características físicas. Eles podem examinar a forma, textura, cor e outras propriedades para compreender sua composição e estrutura. Essa habilidade de observação e análise é fundamental para a compreensão dos materiais e fenômenos astronômicos.

Contextualização histórica e científica: Ao explorar, os estudantes podem compreender o contexto histórico e científico em que esses objetos se formam na superfíci terrestre. Essa habilidade científica promove uma compreensão mais profunda sobre fenômenos atmosféricos.

Raciocínio científico e inferência: os estudantes podem desenvolver habilidades de raciocínio científico e inferência. Eles podem analisar as características físicas do fulgurito, como a presença de minerais, estruturas de impacto e fusões, e fazer inferências sobre os processos e eventos que ocorreram no espaço. Essa habilidade de raciocínio científico e inferência estimula o pensamento crítico e a capacidade de fazer conexões entre evidências e processos metereológicos.

Pesquisa e comunicação científica: incentiva os estudantes a realizar pesquisas sobre sua origem, características e importância científica. Eles podem buscar informações adicionais em fontes confiáveis, investigar a literatura científica e comunicar seus achados de forma clara e organizada, seja por meio de relatórios escritos, apresentações orais ou outros formatos de comunicação científica. Essa habilidade de pesquisa e comunicação científica promove a busca de informações, o desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita científica e a valorização da divulgação científica.

Embora o uso específico dos fulguritos não esteja mencionado diretamente na BNCC, as habilidades mencionadas acima estão alinhadas com as competências gerais e específicas propostas no documento. Elas promovem o desenvolvimento de habilidades cognitivas, socioemocionais e científicas, contribuindo para uma educação mais abrangente e significativa.

O uso dos fulguritos nas áreas de conhecimento.

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) define as competências e habilidades essenciais que os estudantes devem desenvolver ao longo de sua educação básica no Brasil. Ao trabalhar com fulguritos em sala de aula, é possível explorar várias dimensões da BNCC, principalmente nas áreas de Ciências da Natureza e Matemática. Abaixo estão alguns aspectos relevantes:

Ciências da Natureza:

• Habilidades Investigativas e Experimentais: Proporcionar aos alunos a oportunidade de observar, coletar dados, realizar experimentos e investigar os fenômenos naturais relacionados à formação dos fulguritos.
• Compreensão dos Fenômenos Naturais: Explorar os processos geológicos e atmosféricos que levam à formação de fulguritos, relacionando esses fenômenos com o conteúdo de Ciências da Natureza

Matemática:

• Modelagem Matemática: Utilizar a matemática para modelar o processo de formação de fulguritos, envolvendo conceitos como geometria e proporção.
• Tratamento da Informação: Coletar dados sobre fulguritos, organizá-los e analisá-los, possibilitando a interpretação de resultados e a comunicação de conclusões.

Linguagens (oral e escrita):

• Expressão Oral e Escrita: Desenvolver habilidades de comunicação, permitindo que os alunos relatem suas observações, hipóteses e conclusões sobre os fulguritos de maneira clara e coerente.

Ao integrar o estudo dos fulguritos na sala de aula, os professores podem explorar diversos aspectos da BNCC, proporcionando uma abordagem interdisciplinar e prática para o aprendizado dos estudantes.