Goethita Verniz do Deserto

R$ 66,00

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Ficha Técnica

Goethita Verniz do Deserto

Peso médio: 61 g
Dimensões: 5,5×4,0x1,3 cm aproximadamente

Procedência: Taouz, Tafilalet, Marrocos

Qualidade excepcional e com hábito característico. Ótima peça para colecionadores, pois é uma rara combinação de Goethita com o revestimento de ferro-manganês, conhecido como verniz do deserto.

Esta imagem representa um lote com peças brutas com cristalização característica. Por ser natural, possui variações na cor, brilho e formato. É possível conhecer a peça que irá adquirir solicitando imagem por WhatsApp 11 4653-5110.

Orientações para o manuseio e conservação de minerais

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Verniz do deserto: um fenômeno biogeoquímico

O verniz do deserto é uma camada fina (pátina) de manganês, ferro e argila na superfície de rochas e minerais queimados pelo sol. De acordo com Ronald I. Dorn e Theodore M. Oberlander (1981), o verniz do deserto é formado por colônias de bactérias microscópicas que suportam as drásticas condições de calor e frio sobre a superfície rochosa de afloramentos, de boulders e de fragmentos menores de rocha “cozidos” pelo sol escaldante de dia e congelados pelo frio noturno das regiões áridas, ao longo de milhares de anos..

As bactérias dessas colônias, absorvem vestígios de manganês e ferro da atmosfera e os precipitam como uma camada preta de óxido de manganês ou óxido de ferro avermelhado nas superfícies das rochas. Esta fina camada também inclui partículas de argila cimentada que ajudam a proteger as bactérias contra a dessecação, calor extremo e radiação solar intensa.

Vários gêneros de bactérias são conhecidos por produzir o verniz do deserto, incluindo Metallogenium e Pedomicrobium. Eles consistem em minúsculas células esféricas, em forma de bastonete ou em forma de pera, com apenas 0,4 a 2 micrômetros de comprimento, com extensões celulares peculiares.

Todos os sistemas vivos requerem a molécula de energia vital ATP (trifosfato de adenosina) para funcionar. Em nossas células, o ATP é constantemente produzido dentro de corpos microscópicos chamados mitocôndrias. À medida que os elétrons fluem ao longo das membranas de nossas mitocôndrias, moléculas de ATP são geradas. Os elétrons vêm da quebra (oxidação) da glicose da nossa dieta. Embora as bactérias do verniz não tenham mitocôndrias, elas têm uma estrutura de membrana interna semelhante através da qual os elétrons fluem para gerar ATP.

No entanto, em bactérias de verniz, os elétrons vêm da oxidação do manganês e do ferro, e não da glicose. Aqui reside a maravilhosa vantagem adaptativa para produzir uma camada de verniz preto e vermelho em pedregulhos do deserto. Ao contemplar esses achados revestidos de verniz em terras áridas desérticas, você pode apreciar a magnitude dessas células microscópicas, todas produzindo seus incontáveis ​​trilhões de moléculas de ATP!

De acordo com Ronald Dorn, talvez 10.000 anos sejam necessários para que um revestimento de verniz completo se forme em superfícies de ambientes desérticos.

Os espécimes deste lote foram encontrados na superfície do deserto do Saara. Os padrões lineares encontrados em ambos lados são devidos às erosões da água e do vento, conferindo uma variedade de padrões geométricos e de elevada beleza estética.

Fontes:

Dorn, R.I. and T.M. Oberlander. 1981. “Microbial Origin of Desert Varnish.” Science 213: 1245-1247

http://sigep.cprm.gov.br/glossario/verbete/verniz_do_deserto.htm

https://www.desertusa.com/rocks-minerals/desert-varnish.html

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