Ficha Técnica

Meteorito NWA L6

Classificação: condrito L, petrológico tipo 6
Peso: 171,7 g;
Tamanho: 7,2×5,8×3,5 cm
Localidade: Laayoune, Saara Ocidental, Marrocos

Acompanha certificado de origem.

Informações adicionais:
Na página do Meteoritical Bulletin, banco de dados com informações de todos os meteoritos oficialmente catalogados no mundo, é possível conhecer a ocorrência do meteorito L6. Obs. faça a busca por “places” informando a localidade Laayoune.

Tipos de Meteoritos

Os meteoritos são divididos basicamente em três tipos: rochosos (aerólitos), que são formados basicamente de silicatos; metálicos (sideritos), formados quase inteiramente de ferro e níquel; e os mistos (siderólitos), formados principalmente por ferro, níquel e silicatos. Esses três tipos principais são subdivididos em classes, e essas classes podem ser subdivididas em grupos menores. Os meteoritos rochosos são os mais comuns, correspondem a cerca de 92,8% dos  meteoritos conhecidos. Os mistos, por outro lado, são os mais raros e perfazem apenas 1,5% dos meteoritos. Os metálicos, por sua vez, são cerca de 5% dos meteoritos que caem na Terra.

Fonte: Oliveira, Higor, Martinez. Meteoritos: Introdução à meteorítica e uma visão geral dos meteoritos brasileiros. 2.ed.- Rio de Janeiro, 2018.

O que são meteoritos NWA? Quais são as suas classificações?

O que são meteoritos NWA?

“NWA” é a abreviatura de Noroeste da África, e assim são conhecidos os meteoritos encontrados nesta região.

Alguns meteoritos encontrados nessa região recebem diferentes classificações, e as recomendadas se baseiam no Catálogo de Meteoritos, MetBase, no Boletim de Meteoritos Antárticos dos EUA, no Boletim de Meteoritos Japonês ou no Boletim Meteorítico. No entanto, em alguns casos, reflete diferenças de opinião sobre a maneira correta de classificar o meteorito.

O NMA é um condrito comum, isto é, uma classe principal de condritos, distinguidos por razões subsolar Mg/Si e refratário/Si, composições de isótopos de oxigênio que plotam acima da linha de fracionamento terrestre e uma grande porcentagem de volume de côndrulos, com apenas 10-15 vol % fino – matriz granulada.

Tipos de classificações:

• Grupo L: o grupo químico com baixo teor de ferro (L) de condritos comuns, distinguido por seu conteúdo relativamente baixo de elementos siderófilos, côndrulos de tamanho moderado (~0,7 mm) e composições de isótopos de oxigênio que fazem a intermediação entre os condritos comuns do grupo H e LL.

• Tipo 5: designa condritos que foram metamorfoseados em condições suficientes para homogeneizar olivina e piroxênio, converter todos os piroxênios de baixo Ca em ortopiroxênio, causar o crescimento de vários minerais secundários e borrar os contornos dos côndrulos*.
• Tipo 6: designa condritos que foram metamorfoseados em condições suficientes para homogeneizar todas as composições minerais, converter todos os piroxênios com baixo teor de Ca em ortopiroxênios, engrossar fases secundárias, como feldspato, para tamanhos ≥50 µm, e obliterar muitos contornos de côndrulos; sem ocorrência de derretimento.

* Côndrulo é uma pequena esférula de minerais e liga de ferro-níquel. Essas pequenas esferas de matéria primordial da formação do sistema solar medem cerca de 2 a 4 milímetros.

Meteoroides, meteoros e meteoritos!

Meteoritos são fragmentos de corpos sólidos do Sistema Solar, como asteroides, cometas, a Lua e Marte, que após vagarem por milhões ou bilhões de anos pelo espaço sideral, cruzam a atmosfera terrestre e chegam até a superfície.  Quando ainda estão no espaço, são denominados meteoroides. Após penetrarem na atmosfera terrestre em alta velocidade, de 11 a 72 Km/s, o atrito com os gases faz com que produzam um efeito luminoso, denominado meteoro, popularmente conhecido como “estrela cadente”. Caso algum fragmento resista à passagem pela atmosfera e chegue até a superfície, denomina-se então meteorito.

Fonte: Oliveira, Higor, Martinez. Meteoritos: Introdução à meteorítica e uma visão geral dos meteoritos brasileiros. 2.ed.- Rio de Janeiro, 2018.

Meteorito – queda e achado.

A queda de um meteorito é marcada pela passagem de um grande meteoro, chamado de bólido, que pode ser muito mais brilhante do que o Sol ou a Lua cheia. Além disso, geralmente é possível ouvir detonações e outros efeitos sonoros. Os meteoritos caem de forma aleatória, portanto podem cair em qualquer lugar da superfície terrestre e a qualquer momento. Quando a queda de um meteorito é testemunhada, classifica-se o meteorito como queda (ex.: o meteorito Serra Pelada, que foi visto cair em 2017 próximo de uma escola). Já se o meteorito foi simplesmente encontrado no campo, ele é classificado como achado (ex.: o meteorito Bendegó, encontrado em 1784 enquanto um garoto campeava gado).

Fonte: Oliveira, Higor, Martinez. Meteoritos: Introdução à meteorítica e uma visão geral dos meteoritos brasileiros. 2.ed.- Rio de Janeiro, 2018.

Como identificar um Meteorito?

Fonte: Oliveira, Higor, Martinez. Meteoritos: Introdução à meteorítica e uma visão geral dos meteoritos brasileiros. 2.ed.- Rio de Janeiro, 2018.

Dicas de uso de meteoritos em sala de aula!

Ao utilizar um meteorito NWA L6, é possível mobilizar várias habilidades previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do Brasil. A seguir, estão algumas das habilidades que podem ser desenvolvidas ao utilizar esse material:

Observação e análise: O uso do meteorito NWA L6 permite aos estudantes observar e analisar suas características físicas. Eles podem examinar a forma, textura, cor e outras propriedades do meteorito para compreender sua composição e estrutura. Essa habilidade de observação e análise é fundamental para a compreensão dos materiais e fenômenos astronômicos.

Contextualização histórica e científica: Ao explorar o meteorito NWA L6, os estudantes podem compreender o contexto histórico e científico em que esses objetos cósmicos se formam e chegam à Terra. Eles podem investigar a formação e a origem dos meteoritos, como os processos de colisões de asteroides, e a importância desses objetos para o estudo da origem do Sistema Solar. Essa habilidade de contextualização histórica e científica promove uma compreensão mais profunda da astronomia e da evolução do Sistema Solar.

Raciocínio científico e inferência: Ao estudar o meteorito NWA L6, os estudantes podem desenvolver habilidades de raciocínio científico e inferência. Eles podem analisar as características físicas do meteorito, como a presença de minerais, estruturas de impacto e fusões, e fazer inferências sobre os processos e eventos que ocorreram no espaço durante sua formação e trajetória. Essa habilidade de raciocínio científico e inferência estimula o pensamento crítico e a capacidade de fazer conexões entre evidências e processos astronômicos.

Pesquisa e comunicação científica: O uso do meteorito NWA L6 incentiva os estudantes a realizar pesquisas sobre sua origem, características e importância científica. Eles podem buscar informações adicionais em fontes confiáveis, investigar a literatura científica e comunicar seus achados de forma clara e organizada, seja por meio de relatórios escritos, apresentações orais ou outros formatos de comunicação científica. Essa habilidade de pesquisa e comunicação científica promove a busca de informações, o desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita científica e a valorização da divulgação científica.

Embora o uso específico do meteorito NWA L6 não esteja mencionado diretamente na BNCC, as habilidades mencionadas acima estão alinhadas com as competências gerais e específicas propostas no documento. Elas promovem o desenvolvimento de habilidades cognitivas, socioemocionais e científicas, contribuindo para uma educação mais abrangente e significativa.