Zoólito: tubarão
R$ 457,00
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Ficha Técnica
Réplica de artefato arqueológico escala 1:1
Nome: Zoólito: Tubarão
Período: Neolítico – sem datação
Cultura: Sambaquieira
Procedência: Capão do Leão, RS
Tamanho aproximado: 34,5x16x9,5 cm
Peso aproximado: 3390g
Material da reprodução: Esteatita (pedra sabão)
Paleoarte: por Alexandre Cinacchi
A imagem apresentada é referência, podendo ocorrer variações de peso e coloração devido ao trabalho artesanal desses produtos.
Crédito da imagem: Pedro Auricchio
A descoberta do Zoólito Tubarão
O Zoólito Tubarão, aqui representado pela réplica, faz parte da coleção lítica “Carla Rosane Duarte Costa” que recebeu número de catálogo 008. A coleção se encontra sob a salvaguarda do Laboratório de Ensino e Pesquisa em Antropologia e Arqueologia da Universidade Federal de Pelotas (LEPAARQ – UFPel). Esse artefato foi encontrado pelo pai da Sra. Carla Rosane Duarte Costa há aproximadamente 50 anos, no município do Capão do Leão – RS, quando da retirada de areia e extração conchas para o fabrico de cal. Na ocasião, o tubarão e outras peças da coleção, foram retirados de uma única vez, estando provavelmente depositados em contexto. O Zoólito tornou-se bastante conhecido dentro e fora do meio acadêmico em função de sua monumentalidade. Tem sido foco de estudo não só de arqueólogos em função de sua origem cultural, mas também de artistas plásticos interessados no estilo formal da peça, pois a mesma apresenta aspectos de simetria, volumetria e representação naturalista que impressionam pela sua perfeição técnica. O artefato teve por matéria-prima o serpentinito que é uma rocha vulcânica.
Essa peça também tem sido alvo de estudo de biólogos, já que incita a discussões não só com relação à questão homem/meio, mas também a questões sobre a ocorrência da espécie numa região específica. A peça é tão detalhada que foi possível identificar a espécie do tubarão: família Lamnidae, gênero Carcharodon carcharias (tubarão branco).
O local onde foi encontrada fica no município de Capão do Leão o qual se situa numa área de fronteira geográfica, em que, por um lado, tem-se a borda oriental da Serra do Sudeste e, por outro lado, a porção meridional da Laguna dos Patos. O local onde foi coletada a peça da coleção se localiza próximo à Lagoa do Fragata. Esse recurso hídrico é considerado como de extrema importância no sistema lagunar, pois a porção meridional da Laguna dos Patos é tratada pela literatura arqueológica como uma área de fronteiras culturais, em que se articulam e interagem populações dos grupos ceramistas construtores de Cerritos com grupos referentes às culturas Guarani e o Homem do Sambaqui.
Imagem de referência.
Esta é uma imagem de referência do Zoólito Tubarão.
Fonte: http://www.mac.usp.br/mac/expos/2015/usp80/galeria_eng.htm#
O Período Neolítico e a Cultura Sambaquieira.
A costa brasileira foi povoada por grupos de pescadores-coletores, entre 7 a 8 mil anos atrás, que construíram montes conhecidos como sambaquis. Os sambaquis são tipicamente caracterizados por estruturas montanhosas e elevadas no sul do Brasil, variando entre 5 a 30 metros de altura, na maior parte das vezes, destacando-se na paisagem pelo seu grande volume.
Sambaqui é uma palavra de origem tupi. Tamba significa concha e ki significa monte, ou seja, monte de conchas.
Esses sítios são geralmente compostos por ossos de peixes, pássaros e mamíferos, além de conchas de moluscos e outros materiais orgânicos. Artefatos de pedra e osso também foram identificados na composição de alguns sambaquis, assim como esqueletos de homens, mulheres e crianças de diferentes idades revelando aspectos de sua cultura e rituais de sepultamento.
Apesar da diversidade de composição dos sambaquis, os vestígios mais perceptíveis na sua composição são as conchas de Anomalocardia brasiliana, Lucina pectinata e variadas espécies de mexilhões, que pela natureza química, ajudaram na preservação de ossos humanos nesses locais.
Preservando esqueletos humanos, os sambaquis servem como janelas que nos permitem saber mais sobre o estilo de vida e a saúde dos povos que viviam em território brasileiro no passado. A maior concentração deles está no estado de Santa Catarina, mas esses sítios também podem ser encontrados no Rio de Janeiro, em São Paulo, no Paraná e no Espírito Santo. Infelizmente, com o passar de milhares de anos, grande parte dos sambaquis foi destruída; 5% deles foram escavados e menos de 1% forneceu material para estudos científicos.
Fonte: https://www.ecycle.com.br/sambaqui/
Entendendo a produção cultural no Período Neolítico.
Neste período, foram desenvolvidas técnicas como o polimento utilizando água e abrasivos como a areia, sob uma base também de rocha, denominada brunidor. As rochas mais utilizadas e que permitem que sua superfície fosse polida são rochas sedimentares como o sílex e magmáticas como o basalto e o diabásio.
Amplie essa discussão com os estudantes, propondo uma pesquisa sobre o tema e para que possam reconhecer no Ídolo de Iguape de pedra polida, características específicas desse tipo de produção.
Algumas problematizações sugeridas:
- como essa peça foi produzida para que se tornasse polida?
- qualquer tipo de material utilizado poderia causar o mesmo efeito?
- qual o uso final, essa peça sugere? Ou o que essa peça poderia representar para os povos do Sambaqui?
Amplie ainda mais a sua abordagem sobre os diferentes períodos da pré-história.
Utilize as réplicas de artefatos arqueológicos, como pontas de flecha, raspador e brunidor, machados e lâminas de pedra polida, zoólitos, cerâmicas e outros itens da categoria e que são produzidos pela Terra Brasilis Didáticos, organizando um material pedagógico mais representativo para discutir:
- os diferentes períodos da ascensão humana na Terra;
- uso de recursos naturais para produção de ferramentas;
- a transição entre o nomadismo e o sedentarismo nos grupos humanos e seu impacto na natureza;
- produção de resíduos;
- a transição entre o Período Paleolítico e Neolítico;
- o Período Formativo.
Dicas de uso da réplica do Zoólito Tubarão.
É necessário superar as aulas centradas apenas na transmissão oral e desenvolver atividades de aprendizagem que vão além da memorização e devolução de respostas consideradas certas ou padronizadas. O professor é desafiado a utilizar metodologias ativas como problematização, para que os estudantes possam levantar hipóteses, propor resoluções de problemas e generalizar.
Isso significa que as aulas devam ser planejadas e estruturadas, para garantir o engajamento dos jovens em atividades que permitam a eles perceber os sentidos atribuídos ao passado, e de forma que eles possam construir novos sentidos por meio da leitura, da pesquisa e da interpretação.
Portanto, utilizar o Zoólito Tubarão de pedra polida, pode auxiliar a compreensão desse passado e permitir que os estudantes possam criar situações de aprendizado com a mediação do professor.
Componha suas aulas com peças de qualidade de museu e associe-as às habilidades previstas na Base Nacional Comum Curricular!
O que diz a BNCC dos Ensinos Fundamental e Médio?
Na Unidade Temática da disciplina de História, tempo, espaço e formas de registros podem ser trabalhadas as seguintes habilidades ao utilizar o Zoólito Tubarão de pedra polida.
- (EF06HI01) Identificar diferentes formas de compreensão da noção de tempo e de periodização dos processos históricos (continuidades e rupturas).
- (EF06HI02) Identificar a gênese da produção do saber histórico e analisar o significado das fontes que originaram determinadas formas de registro em sociedades e épocas distintas.
- (EF06HI03) Identificar as hipóteses científicas sobre o surgimento da espécie humana e sua historicidade e analisar os significados dos mitos de fundação.
- (EF06HI05) Descrever modificações da natureza e da paisagem realizadas por diferentes tipos de sociedade, com destaque para os povos indígenas originários e povos africanos, e discutir a natureza e a lógica das transformações ocorridas.
- (EM13CHS104) Analisar objetos da cultura material e imaterial como suporte de conhecimentos, valores, crenças e práticas que singularizam diferentes sociedades inseridas no tempo e no espaço.
Uso de TICs (Tecnologia da Informação e Comunicação) para o tema.
Se optar propor para os estudantes uma atividade sobre produção um instrumento de pedra polida, você poderá indicar um vídeo que amplia essa discussão ou apenas solicitar que façam um relatório que descreva as etapas de produção da peça.
Para enriquecer ainda mais essa atividade, poderá também acessar a seção Geologia e adquirir separadamente rochas como sílex, basalto e diabásio para que os estudantes produzam ferramentas a partir delas.
https://www.youtube.com/watch?v=QvGyMbM26JA
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